Tudo sobre Cibersegurança, Segurança da Informação e Proteção Digital.

Eu não sou John Lennon, mas imagine um mundo livre de agências bancárias, sem filas e complicações; onde tudo em relação ao seu dinheiro pudesse ser resolvido a qualquer hora, em qualquer lugar, e com direito a um atendimento rápido, prático e eficiente, se assim você optasse.

Difícil de imaginar?

Para o desespero de bancos arcaicos, que prendem seus clientes com as amarras da burocracia, esse mundo existe! É o mundo das fintechs. E é sobre esse universo futurista —  mas que já pode ser vivido no presente — que falaremos neste artigo.

O que é fintech?

Abreviação para financial technology, o termo se refere a empresas que desenvolvem soluções digitais para atender, de maneira funcional, as variadas demandas do mercado financeiro atual.

A tecnologia é o maior diferencial das fintechs em relação às empresas tradicionais do setor.

“Mas o meu banco já é digital", você pode dizer.

Sim! É verdade. Esse negócio de unir tecnologia a serviços financeiros não tem nada de muito novo.

Com a popularização da internet e, posteriormente, dos smartphones, as instituições financeiras (até mesmo as mais retrógradas) tiveram que se adequar à nova era e investir em ferramentas tecnológicas para atender seus clientes digitalmente.

Para quem vê de fora, uma fintech parece oferecer os mesmos produtos que os bancos tradicionais também oferecem atualmente; como internet banking, aplicativos, investimentos, empréstimos, operações de câmbio online, etc.

Porém, as fintechs permitem que seus clientes façam TUDO através de um clique. Você pode abrir uma conta, por exemplo, ou aumentar e reduzir o seu limite, de forma rápida e simples, sem falar com ninguém, sem nunca precisar nem pisar em uma agência física.

Parece ser o fim da papelada!

Quando falamos de fintech, falamos de uma tendência de inovação e praticidade que veio para transformar a relação das pessoas com o dinheiro. Será que veio para ficar?

O número de empresas trabalhando na criação de soluções inéditas para o setor financeiro só vem aumentando (você pode conferir os dados completos no último relatório da Finnovation).

Ao oferecer serviços totalmente digitais, essas startups de tecnologia financeira têm provocado uma mudança de paradigma no cenário monetário mundial.

Vivemos uma espécie de revolução industrial 4.0. No setor produtivo, fábricas inteligentes já começam a se atualizar, produzindo itens customizados para o e-commerce, sem a necessidade de estoques e espaços físicos.

E no mundo das finanças, essa reformulação startada pelas fintechs também vem deixando ideias ultrapassadas para trás, e transformando o segmento.

Pensando em aderir a esse novo conceito de mercado financeiro?

Vantagens de uma fintech

Se já não bastasse a economia de tempo que os processos menos burocráticos das fintechs proporcionam, seus clientes também podem economizar dinheiro. Isso mesmo!

Por serem totalmente tecnológicas, e, por conta disso, não precisarem de grandes estruturas físicas — como os bancos das antigas  —, os custos das fintechs são baixíssimos. Por vezes, elas oferecem produtos livres de taxas, como contas digitais gratuitas e cartões de crédito sem anuidade.

E seus benefícios não param por aí. Por estarem sempre em conformidade com o desenvolvimento do setor da TI (já que tecnologia é o carro chefe do seu negócio), essas empresas geralmente oferecem o que é de mais moderno aos seus clientes, em primeira mão.

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Tipos de fintechs

Engana-se quem pensa que as fintechs se resumem a bancos digitais. Apesar de receberem o mesmo nome, essas startups da tecnologia financeira possuem variadas funções. Cada uma pode trabalhar com um processo específico do serviço financeiro. Assim, temos as:

  • Fintechs de pagamentos: que simplificam a dinâmica de compra e venda. Algumas delas, por exemplo, disponibilizam maquininhas de cartão isentas de aluguel, ou fornecem ao cliente cartões de débito e crédito pré-pagos;
  • Fintechs de gestão financeira: que oferecem ferramentas online para o gerenciamento do fluxo monetário de pessoas e empresas. Essas plataformas visam auxiliar o cliente quanto ao controle de despesas, definição de metas, monitoração fiscal, análise de faturamento, balanço contábil e gestão de orçamento;
  • Fintechs de crowdfunding: que agilizam o processo de arrecadação de fundos de forma coletiva. Elas buscam, a partir de softwares próprios, levantar recursos de diferentes frentes para, por exemplo, auxiliar novos empreendedores a escalar o seu negócio.
  • Fintechs de crédito: que aproximam, de forma rápida e eficaz, quem precisa de empréstimo e quem tem para emprestar. Elas realizam análise de crédito a partir de soluções tecnológicas otimizadas. Todos esses fatores qualitativos combinados com um algoritmo inteligente, ajudam na tomada de melhores decisões em relação a empréstimos e negociações de dívidas;
  • Fintechs de eficiência financeira: que verificam a identidade digital dos usuários, protegem transações e previnem fraudes, atuando na segurança das operações;
  • Fintechs de investimento: que adotam mecanismos de busca e algoritmos para examinar alternativas e propor investimentos diferentes dos usuais;
  • Fintechs de Bitcoin: que facilitam as transferências de criptomoedas em blockchain (ambiente propício a operações descentralizadas do tipo);  
  • Fintechs de seguros: que proporcionam recursos digitais que comparam, com agilidade, valores e serviços de diversas corretoras de seguros.

Mas, e aí?

Fintechs são confiáveis?

Esse tipo de dúvida surge sempre que a gente se depara com algo inovador. É compreensível. Ainda mais quando se tem dinheiro na conversa.

Quem não ficou desconfiado com a moda dos aplicativos bancários anos atrás, que atire a primeira pedra! Até mesmo os caixas eletrônicos geraram desconfiança no passado!

Contudo, quase ninguém que tenha acesso deixa de utilizar esses serviços digitais hoje em dia.

A tecnologia se tornou parte da gente, e ela não serve apenas para facilitar a nossa vida, mas também para nos proteger.

As fintechs estão aí para isso. É possível resolver nossas pendências online sem abrir mão da segurança.

“Mas como me certifico disso?”

Pois bem. No Brasil, assim como em grande parte do mundo, o setor de finanças é monitorado de perto pelo governo.

Qualquer corporação que desenvolva produtos de cunho financeiro —  tais como novos meios de pagamento ou cartões de crédito modernizados — precisa seguir, à risca, um monte de regras constitucionais.

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Por lidarem com informações tão sensíveis, essas empresas precisam estar em conformidade, por exemplo, com a LGPD — a lei geral de proteção de dados, que entrou em vigor em 2020.

Essa legislação, juntamente com os recursos de cibersegurança que a tecnologia nos proporciona, faz com que as fintechs sejam, normalmente, seguras e, consequentemente, dignas de um voto de confiança.

Conclusão

As fintechs são novas empresas que estão revolucionando a prestação de serviços financeiros, a partir da inovação e segurança que o mundo digital demanda, e que a tecnologia atende.

O mundo perfeito de ‘Imagine’ não existe (desculpa aí, John Lennon). Porém, um mundo sem a complexidade e lentidão da burocracia das instituições financeiras — que parecia inimaginável tempos atrás —, já é real.

Fintech é o futuro. E como já diria outra canção não muito menos famosa: o futuro já começou!

Que tal ficar por dentro do mundo da cibersegurança e conhecer outras armas para a batalha contra os ataques cibernéticos?

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Fontes:

Nubank | Toro | Estadão