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Vírus: um programa ou pedaço de código que é carregado ao seu computador sem seu conhecimento ou permissão. Alguns vírus são meramente irritantes, mas a maioria dos vírus são destrutivos e designados a infectar e controlar sistemas vulneráveis.

Um vírus pode se alastrar a vários computadores e redes ao criar cópias dele mesmo, assim como um vírus biológico passa de uma pessoa para a outra.

Que os vírus de computador é um dos maiores medos dos usuários – tanto em dispositivos pessoais, quanto corporativos – não é mais segredo.

Isso porque esses softwares mal-intencionados podem trazer inúmeros prejuízos para os usuários, principalmente às empresas.

A variedade de vírus aumenta cada vez mais, mais precisamente, de forma diária. De acordo com o estudo do antivírus, G Data, de 2017, são criados 27 mil novos malwares diariamente.

Isso se dá porque os avanços tecnológicos aprimoram os computadores/dispositivos, e, com isso, as configurações e medidas de segurança.

Mas como começou e quais tipos de vírus existentes? A seguir responderemos essas perguntas e ainda mostrarei a você como se proteger deles. Vamos lá?

A origem e evolução dos Vírus

Quem criou e qual foi o primeiro vírus? No dia 3 de novembro de 1983, dois informáticos fizeram história.

Frederick Cohen, estudante da escola de engenharia da Universidade do Sul da Califórnia, estava certo que um programa malicioso poderia ser usado para explorar qualquer sistema conectado, mas se perguntava quanto tempo seria necessário para que o código pudesse realizar isso.

Então preparou um protótipo que, após oito horas de árduo trabalho em um sistema VAX 11/750 que utilizava o Unix, estava pronto para ser apresentado no seminário semanal de segurança ao qual participava.

Foi o seu professor, Leonard Adleman, quem batizou esse programa como vírus de computador.

Porém, o termo vírus não seria adotado até 1984, onde, na Sétima Conferência anual de Segurança da Informação, o termo vírus de computador foi definido como um programa que infecta outros programas.

O primeiro vírus para computador foi difundido em 1986, o Brain, que foi as primeiras espécies representativas de difusão em massa.

Esse vírus, da categoria boot, danificava o setor de inicialização do disco rígido, e sua forma de propagação era através de disquete contaminado. Posteriormente, apareceram os vírus que infectavam os arquivos com extensão EXE e COM.

Há quem diga que o primeiro vírus para computadores pessoais apareceu em 1982, com o Elk Cloner.  Ele atuava infectando computadores Apple 2 que utilizavam DOS, mostrando um poema a cada 50 vezes que o computador era reiniciado.

Apesar de ter sido o primeiro para computadores de distribuição de larga escala, o Elk Cloner acabou sendo muito menos conhecido do que o Brain.

A evolução dos computadores e a expansão da internet permitiu que os vírus fossem espalhados pela internet.

O primeiro código malicioso transmitido pela internet ficou conhecido como Morris Worm, e foi distribuído acidentalmente em 2 de novembro de 1988 (dia de finados) para cerca de 60.000 computadores conectados, que tiveram seu sistema operacional inutilizado.

A propagação e eficácia do Morris Worm foi ocasionada devido a um erro no código do programa. Ao tentar ser processado pelos sistemas, os mesmos acabavam sendo corrompidos.

No fim dos anos 90 e início dos anos 2000, tivemos o grande “BOOM” de propagação de vírus no mundo. Diversos worms foram criados e milhões de sistemas foram infectados, prejudicados, e até mesmo inutilizados, devido às suas infecções.

Alguns dos principais vírus são o “Chernobyl” de 1999, “I love You” de 2000, “SQL Slammer” de 2003 e “Sasser” de 2004.

No vídeo abaixo, você pode conferir um pouco mais dessa evolução:

VÍRUS DE COMPUTADOR: Entenda de uma vez por todas!

Os 7 tipos de vírus mais perigosos

Como consequência dessa evolução, surgiram vírus muito perigosos e que se tornaram conhecidos pelos ataques recorrentes e estragos. Vejamos os dez mais perigosos:

1. Vírus de computador

Os vírus de computador ganharam esse nome por sua capacidade de "infectar" diversos arquivos em um computador.

Eles se propagam para outras máquinas quando os arquivos infectados são enviados por e-mail ou levados pelos próprios usuários em mídias físicas, como unidades USB ou os antigos disquetes.

É o caso do primeiro vírus, o Brain, que, como vimos, foi transmitido através de um disquete.

2.  Worms

Ao contrário dos vírus de computador, os Worms não precisam da ação humana para se propagarem, pois, eles infectam uma vez e depois usam as redes de computadores para se propagar para outras máquinas, sem a ajuda dos usuários.

Com a exploração das vulnerabilidades de rede, como pontos fracos nos programas de e-mail, os Worms, podem enviar milhares de cópias suas na esperança de infectar novos sistemas, onde o processo começa novamente.

Embora muitos Worms apenas "consumam" recursos do sistema, reduzindo seu desempenho, muitos deles contêm "cargas" maliciosas criadas para roubar ou excluir arquivos.

3. Adware

Uma ameaça bem comum no ambiente online é o Adware. Os programas enviam anúncios automaticamente para os computadores hosts (talvez seja melhor comentar o que é computador host).

Entre os tipos rotineiros de Adware estão os anúncios pop-up em páginas da Web e a publicidade em programas, que geralmente acompanham softwares "gratuitos".

Embora alguns programas de Adware sejam relativamente inofensivos, outros usam ferramentas de rastreamento para coletar informações sobre sua localização ou seu histórico de navegação, para depois veicular anúncios direcionados em sua tela.

Conforme observado pela BetaNews, foi detectada uma nova forma de Adware capaz de desativar seu software antivírus.

Como o Adware é instalado com o conhecimento e o consentimento da pessoa, e esses programas não podem ser chamados de malware. Geralmente são identificados como "programas potencialmente indesejados".

4. Spyware

Como o nome indica, esse malware espiona as atividades do usuário no computador. Ele coleta dados como pressionamentos de teclas, hábitos de navegação, e até informações de login, que depois são enviados a terceiros, geralmente os criminosos virtuais.

Ele também pode modificar configurações de segurança específicas em seu computador, ou interferir nas conexões de rede.

Segundo a TechEye, as formas emergentes de spyware podem permitir que as empresas rastreiem o comportamento do usuário em diversos dispositivos sem o seu consentimento.

5. Ransomware

Também conhecido como “sequestrador digital”, o Ransomware é um software que se instala na sua máquina, codifica os dados do sistema após sua instalação e bloqueia o acesso de usuários.

Algumas variantes de Ransomware bloqueiam todo o acesso ao computador. Elas podem alegar ser de autoridades legais legítimas e sugerir que você foi pego fazendo algo ilegal.

Em junho de 2015, o Internet Crime Complaint Center (FBI) recebeu queixas de usuários relatando prejuízos de US$ 18 milhões, por conta de uma ameaça comum de Ransomware chamada CryptoWall.

6. Rootkits

Os rootkits possibilitam o acesso ou controle remoto de um computador por terceiros. Esses programas são úteis para profissionais de TI que tentam solucionar problemas de rede à distância, mas podem facilmente se tornar destrutivos.

Após instalados em seu computador, os rootkits permitem que os invasores assumam total controle da máquina para roubar dados ou instalar outros malwares.

Os Rootkits são criados para passar despercebidos e ocultar ativamente sua presença. A detecção desse tipo de código malicioso exige o monitoramento manual de comportamentos incomuns, além de corrigir regularmente seu sistema operacional e seus programas de software para eliminar possíveis rotas de infecção.

7. Cavalos de Troia

Geralmente chamados de "Cavalos Troia", esses programas se escondem mascarados como arquivos ou softwares legítimos.

Após baixados e instalados, os Cavalos de Tróia alteram o computador e realizam atividades maliciosas sem o conhecimento ou consentimento da vítima.

Como já vimos, existe uma infinidade de vírus e uma compreensão de que essa variação aumenta diariamente. Esses tipos citados aqui são os mais conhecidos, e muito prejudiciais aos computadores e seus usuários.

Como está protegido?

“São tantos tipos de vírus, e eles só evoluem com o passar do tempo e avanços da tecnologia, o que fazer?’’

Calma, assim como os vírus evoluem, as ferramentas para minar esses ataques e garantir a segurança das suas máquinas também.

É nesse ponto que entra o antivírus. O antivírus é um software que detecta, impede e atua na remoção de programas de software maliciosos, como vírus e worms. São programas usados para proteger e prevenir computadores e outros aparelhos de códigos ou vírus, a fim de dar mais segurança ao usuário.

Da mesma forma que existem muitas formas de infecções por parte dos vírus, o antivírus também possui vários métodos de identificação para impedir a entrada desses vírus, incluindo atualização automática, escaneamento, quarentena e outros meios.

Mas é importante que você saiba que o antivírus funciona para assegurar a proteção de uma máquina, de forma individual, não de toda a rede.

Isso significa que ele impedirá os ataques na máquina, mas esses ataques não vem só por meio dela. Existem muitas outras vulnerabilidades exploradas por quem busca informações da sua empresa, que envolve o ambiente da rede.

Por isso é necessário que você conheça esses ataques, as vulnerabilidades e as ferramentas utilizadas para proteger-se.

Conclusão

Como vimos, os vírus surgiram com a evolução dos computadores e estão acompanhando essa evolução, tornando-se cada vez mais perigosos e nocivos, trazendo transtornos e prejuízos gigantescos aos usuários e empresas.

Diante desse cenário é fundamental conhecer os tipos e maneiras de atuação, bem como a forma de se proteger. Espero que esse artigo tenha esclarecido suas dúvidas sobre esse assunto.

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