Tudo sobre Cibersegurança, Segurança da Informação e Proteção Digital.

A segurança cibernética é um conjunto de ações sobre pessoas, tecnologias e processos contra os ataques cibernéticos. Por vezes nomeada como segurança digital ou segurança de TI, ela é uma ramificação na segurança da informação.

A segurança da informação (S.I) tem como objetivo tratar e proteger os dados físicos e digitais. Ou seja, a segurança cibernética é a área que atua no ambiente digital, na prevenção, mitigação e recuperação frente aos ataques cibernéticos.

Os tipos de ataques cibernéticos e vulnerabilidades mais comuns

Os principais tipos de ataques cibernéticos

Os ataques cibernéticos são ações executadas por cibercriminosos, que exploram as vulnerabilidades (falhas) da rede, dispositivos, máquinas, softwares e pessoas, com objetivos diversos, a saber:

Em 1971, foi criado o primeiro worm de computador. Um software simples, desenvolvido para estudar a rede e o conceito de movimentação de um programa. Ele exibia as palavras “Eu sou o Creeper: pegue-me se puder”.

O episódio gerou a criação do primeiro antivírus para remoção do worm, além de jogar luz sobre a necessidade de uma área da tecnologia da informação para proteger os dados e combater os ataques cibernéticos, que passaram a estampar várias manchetes anos depois.

Consequentemente, o primeiro semestre de 2022 ficou marcado por um crescimento de ataques cibernéticos globais.

Os ciberataques utilizando malwares aumentaram de 11% para mais de 2,8 bilhões em seis meses, segundo o estudo da SonicWall.

Meio assustador, não é mesmo?

Para te ajudar na prevenção, vamos apresentar algumas das principais ciberameaças e entender como os meliantes digitais utilizam essas estratégias em suas ações.

Vírus

O vírus é uma das categorias de malwares mais populares, mas não confunda, nem todo malware é um vírus. O vírus é um programa ou código usado para danificar o computador, corromper os arquivos do sistema e destruir dados.

Ele fica inativo na máquina até que seja executado, ou seja, é necessário executar o programa infectado para contaminar o computador.

A partir disso, o vírus pode contaminar outros computadores da rede, roubar senhas e dados, corromper arquivos, encaminhar spam para contatos de e-mail ou, até mesmo, controlar o computador.

Worms

Os worms são mais antigos que vírus, permaneceram na moda até o final dos anos 90, chegando como anexos de mensagens. Bastava uma pessoa abrir um e-mail e toda a empresa estava infectada em pouco tempo.

Bastava uma pessoa abrir um e-mail e toda a empresa estava infectada em pouco tempo, mesmo sem saber.

Seu diferencial é a sua capacidade de propagação sem ação do usuário final, ao contrário dos vírus, que solicitam uma ação por parte do usuário.

Os worms conseguem modificar, excluir e injetar softwares maliciosos em um computador. Eles são utilizados para esgotar recursos da largura de banda ou, até mesmo, instalar um backdoor para execução de outros ciberataques.

Adware

A lucratividade é um dos principais pilares do cibercrime. O adware é um malware que possibilita a geração de receita através de anúncios indesejados.

Um programa comum de adware redireciona as pesquisas do navegador de um usuário para páginas da web com promoções de produtos, aparentemente inofensivas.

O objetivo desse tipo de ameaça é levar o usuário a interagir e obter informações úteis, como: a localização, detalhes de senhas de acesso (palavras-passe) e endereços IP do computador ou correio eletrônico.

Ransomware

Também conhecido como "sequestrador digital “ o ransomware é um software que se infiltra em uma máquina, codifica os dados do sistema após a instalação e bloqueia o acesso dos usuários.

Uma vez executado, o atacante pede um resgate para a vítima, geralmente feito em bitcoin, uma criptomoeda. Essa é estratégia mais simples e mais utilizada nos ataques ransomwares.

O ransomware é um dos tipos de ataques que mais ocorre no Brasil, sendo o segundo colocado em número de ataques mundiais de ransomwares. Os dados são da pesquisa Smart Protection Network, da Trend Micro.

Cavalo de Troia

Trojan - Cavalo de Troia

O Trojan Horse, ou Cavalo de Troia, é um malware que se oculta em programas aparentemente legítimos. Esse tipo de malware não se multiplica ou infecta outros arquivos e depende da ação do usuário, baixando o programa.

Após a infecção, ele fica oculto, coletando informações ou configurando brechas na segurança do sistema, e quando o usuário acessar um site ou aplicativo específico, a invasão estará completa.

Além disso, ele pode controlar o computador ou dispositivo e bloquear o acesso do usuário a ele.

Spyware

É um software de espionagem praticamente invisível, que funciona em segundo plano, coletando dados ou fornecendo acesso remoto para o cracker.

Em um ataque hacker, o spyware é útil na coleta de informações financeiras, como senhas, contas bancárias e dados de cartão de crédito.

Geralmente, esse espião esconde-se em softwares ou em downloads de sites de filmes e músicas.Confira nossa aba de vulnerabilidades aqui no nosso blog, onde contamos mais detalhes sobre esses e outros ataques.

Qual a importância da Segurança Cibernética?

A importância da segurança cibernética

Mais do que importante, podemos dizer que a segurança cibernética é essencial para a nossa era. Com todos os avanços e descobertas da tecnologia, a segurança cibernética tornou-se imprescindível para garantir a proteção das informações.

A razão para tal afirmação está no fato de que as medidas e soluções da segurança cibernética protegem todas as categorias de dados contra roubo e danos.

Dados confidenciais e pessoais, informações governamentais, propriedade intelectual e sistemas de diversas organizações. Sem a existência da segurança cibernética, seria impossível proteger qualquer um desses ativos.

Além disso, a segurança cibernética é importante porque:

  • O volume e complexidade dos ciberataques continua aumentando
  • A superfície digital e o uso da internet não vão parar de crescer
  • A adesão crescente dos serviços em nuvem
  • O cibercrime tornou-se um negócio
  • Os impactos dos ciberataques na economia estão cada vez maiores

A segurança cibernética é tão fundamental que, além das ferramentas, soluções e todas as medidas que a envolve, existem, também, legislações ligadas a ela e à privacidade online.

Esse é o nosso próximo ponto.

Legislações ligadas à segurança cibernética

Marco Civil da Internet

A facilidade de manipular dados e informações na internet abre caminho para criminosos, que muitas vezes conseguem sair impunes. Vazamentos de conversas privadas, até invasões de contas bancárias, são pontos que demonstravam que a internet era vista até então como uma terra sem lei, o que não poderia continuar.

Mas, ainda há uma enorme dificuldade dos meios regulatórios, e do próprio Estado, de entender as comunicações digitais e interpretá-las em leis éticas, à população e às empresas.

Com o objetivo de trazer mais segurança para os usuários e garantir a punição para os cibercriminosos, foi criado o Marco Civil da Internet. Em agosto de 2011, foi apresentado o PL 2126/11, que viria a ficar conhecido como Marco Civil da Internet.

Basicamente, o projeto de lei tem o objetivo de estipular diretrizes dos direitos, deveres, princípios e garantia para o uso da internet em território nacional.

Diferentemente do que muitos podem pensar, o Marco Civil da Internet não impacta apenas empresas de telecomunicações, negócios digitais, entretenimento, startups de tecnologia, educação digital etc. Talvez, o impacto nesses segmentos seja maior, mas todas as empresas precisam se adaptar.

Para continuar utilizando a internet a seu favor, as empresas precisam aplicar técnicas para se adaptarem ao Marco Civil, a fim de assegurar o sigilo das informações dos usuários.

Preparamos um e-book com todos os detalhes sobre o Marco Civil da Internet.

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Nele você vai saber como o Marco Civil impacta sua vida cotidiana, como afeta sua empresa e tudo sobre o funcionamento da nova lei.

LGPD - Lei Geral de Proteção de dados

LGPD - Lei geral de Proteção de Dados

Ninguém gostaria que uma equipe de campanha tivesse acesso a seus dados pessoais, como nome, e-mail, local onde você mora, gostos e hábitos na internet, sem sua permissão.

Isso realmente aconteceu, e o caso ficou conhecido como o caso da Cambridge Analytica. Diversos episódios de vazamento de dados, ou mesmo o uso indevido dessas informações, se tornaram públicos nos últimos anos.

Escândalos como esse trouxeram tanto impacto que impulsionaram a aprovação da Lei de Proteção de Dados Pessoais, ou a Lei Geral de Proteção de Dados, (LGPD) como é mais conhecida aqui no Brasil. A principal influência para a criação e maturação da LGPD foi o GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigor no ano passado e regulamenta a questão para os países europeus.

Essa lei tem como intenção garantir ao usuário mais privacidade e controle sobre seus dados, com o fim de evitar mal-uso por parte de terceiros. Ela também serve para esclarecer quando uma empresa pode tratar um dado pessoal, ou seja, armazenar, processar e transferir esses dados.

A aprovação da LGPD foi impulsionada por esse escândalo, não só porque a Cambridge Analytica planejava atuar nas eleições do Brasil do ano passado, mas, também, porque ficou evidenciada a necessidade de se ter uma lei que regulamentasse o tratamento de dados pessoais.

Em agosto de 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018) foi sancionada, entrando em vigor no dia 18 de setembro de  2020.

A LGPD altera o Marco Civil da Internet, tendo como principal intuito regulamentar a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais pelas empresas, impondo regras claras para cada um desses pontos.

A LGPD tem vários impactos, e podemos destacar alguns:

  • A abrangência da lei: todas as empresas que tratam dados pessoais no território brasileiro deverão seguir as normas. A lei engloba dados de todas as espécies, que tornam uma pessoa identificável.
  • Necessidade de uma base para tratar os dados: para que a organização capaz de tratar os dados dos usuários corretamente, será necessária uma base legal, com o consentimento de todas as pessoas.
  • Autoridade regulatória: para que todas as empresas se adéquem à nova norma, uma nova autoridade será criada para fiscalizar a nova lei, a ANPD.
  • Impacto financeiro nos negócios: a lei terá grandes impactos nos negócios das empresas, já que elas precisarão se reformular para garantir que suas responsabilidades sejam cumpridas. Caso alguma exigência seja ignorada, os prejuízos podem ser altos.

Descomplicamos os principais pontos da LGPD, com um especialista no assunto. Confira o conteúdo em nosso canal:

Segurança cibernética: os três principais pilares

Iniciamos nossa conversa falando sobre a diferença entre a Segurança da Informação, Digital e a Cibernética, e caminhamos conhecendo os tipos de ataques, observando e conhecendo um pouco da LGPD e o Marco Civil da Internet.

Tudo isso com o objetivo de trazer a você a compreensão de que os ataques cibernéticos estão presentes em nosso dia a dia, e que empresas de todos os setores e tamanhos são alvos, bem como os usuários.

Baseado neste contexto, apresentamos os três pilares da segurança cibernética:

Prevenção

Prevenção em segurança cibernética

Nenhuma medida ou solução de segurança é infalível, mas todas elas trabalham com um objetivo inicial: a prevenção. Evitar que incidentes, violações e ataques cibernéticos aconteçam é um dos principais objetivos da segurança cibernética.

É um fato: a prevenção é a melhor defesa da segurança cibernética.

Claro que isso não significa que esse seja um objetivo fácil. A prevenção na segurança cibernética diz respeito sobre adotar medidas e uma postura proativa, de análise e acompanhamento constante.

Quando isso não acontece, entra em cena o segundo pilar: a mitigação.

Mitigação

Mitigar significa atenuar, diminuir os impactos, consequências e resultados de uma ação. Na segurança cibernética, a mitigação é o segundo pilar das medidas, porque, como já falamos aqui, nenhuma medida, estratégia ou tecnologia é infalível.

A mitigação de riscos foca em reduzir, ao máximo, os impactos de um ataque cibernético, violação ou invasão. Nesse pilar, estruturam-se as políticas, medidas e caminhos para resolver um incidente, envolvendo também o terceiro pilar: a recuperação.

Recuperação

A recuperação trabalha as soluções e caminhos para recuperar e reativar operações de uma empresa após um incidente de segurança.

Neste último pilar estão as tecnologias para recuperar os dados perdidos (quando possível), as estratégias aplicadas em um plano para responder ao incidente, mantendo a continuidade das operações de uma empresa.

Conheça agora alguns exemplos de soluções de segurança cibernética para empresas.

Soluções e estratégias de Segurança Cibernética para empresas

Estratégias de segurança cibernética para empresas

Uma vez que os pilares da segurança cibernética são a prevenção, mitigação e recuperação, vejamos algumas dicas práticas de estratégias e soluções, para aplicação no ambiente empresarial.

Crie uma política de Segurança

Elabore um documento detalhado com os aspectos mais importantes para a rotina da empresa. Uma dica é utilizar a ISSO/IEC 17799:2005, como norma base sobre o conceito de segurança da informação.

Gravamos um curto vídeo dando 5 dicas para criar uma política de segurança da informação:

Proatividade contra os ataques cibernéticos

Existem passos que você pode dar para prevenir ataques em sua rede. A isso chamamos de camadas de segurança.

  1. Firewall

O objetivo do firewall é proteger sua rede dos ataques externos. Ele fica na borda, na ponta da rede, impedindo a entrada de IPs não autorizados.

2. IDS/IPS

Esses dois complementam o trabalho do firewall. O IDS identifica todo e qualquer tipo de atividade estranha, incomum na rede. Por exemplo: num download excessivo de arquivos, o IDS envia uma informação de alerta para o IPS, que vai tomar as ações de bloqueio do IP que está fazendo o download excessivo.

     3.  Webfilter

Nem todos ataques são externos. Na verdade, existem muitos ataques que vêm de dentro da sua rede. A função do webfilter é proteger quem está dentro da sua rede: os computadores, usuários com acesso liberado para utilizar a sua rede. Através da navegação, eles podem trazer vulnerabilidades, abrindo portas para os ataques.

O webfilter faz o gerenciamento do que pode ou não pode ser acessado pelas sua máquinas, ou usuários que são parte da sua rede. Com esta ferramenta, você pode aplicar a política de segurança para os colaboradores, como sites que podem ou não ser acessados.

4. VPN e Voucher

Além dos usuários conectados à sua rede, no espaço físico, muitas empresas utilizam o acesso remoto como ferramenta de trabalho, como, por exemplo, o diretor, que acessa os dados da empresa através do seu notebook, em casa, acessando dados e fazendo transações na empresa.

Para que esse acesso seja seguro, faz-se necessário a criação de uma VPN, que é basicamente um túnel seguro entre o usuário externo e a empresa, criptografando os dados acessados nesta conexão, controlado através dos privilégios do usuário autenticado na VPN.

Já o Voucher é uma ferramenta importante no controle e monitoramento dos visitantes da rede, pessoas que participarão de uma reunião ou alguma conferência, usuários que acessam a rede wifi, caso a empresa permita esse tipo de acesso.

    5. Antivírus

Alguns ataques são tipos de softwares que se instalam dentro de máquinas dos usuários da rede, para coletar dados. O antivírus é um software bem mais poderoso que esses ataques, que previne, inibindo que eles aconteçam. A função do antivírus é proteger a sua máquina, o usuário específico.

 6.  Backup

É uma cópia de todos os dados da empresa, que permitirá a sobrevivência da mesma, caso um ataque aconteça. O backup deve ser feito regularmente.

Tenha um bom plano de ação

Plano de ação para segurança cibernética

É essencial contar com um plano de ação para ser acionado, caso ocorra algum incidente. É extremamente necessário educar os colaboradores e identificar os sistemas mais propensos aos ataques, de maneira acessível e contínua.

Elaborar um plano de ação que envolva todas essas etapas será muito útil para prover segurança e proteção para a empresa.

Mas, como fazer isso?

Sua empresa pode começar contando com um especialista.

Conte com um especialista

Para garantir essas soluções e medidas em camadas, é necessário soluções robustas, que ofereçam os controles e medidas assertivas contras ciberameaças.

A Starti Security Platform - nossa plataforma de cibersegurança - foi desenvolvida exatamente com esse objetivo: ser a plataforma de segurança digital mais completa para pequenas e médias empresas.

Nela, você encontra módulos como:

  • Firewall/VPN - que garante o controle dos acessos no perímetro da rede e de ambientes remotos, com criptografia;
  • Guardian - para identificação e prevenção automática de ciberameaças;
  • AppFilter - que executa uma filtragem avançada de conteúdo por aplicações.

E muitas outras soluções para prevenção e mitigação de ameaças. Clique no banner abaixo e conheça a Starti Security Plataform:

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A segurança cibernética é uma aliada indispensável para as empresas que pensam na continuidade dos seus negócios, por isso, apresentamos todas essas informações para você.

Além disso, ela é parte fundamental, para usuários comuns, na privacidade dos dados de todos nós. Por isso, trabalhamos para proteger empresas e descomplicar os assuntos ligados à cibersegurança e à TI.

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