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Provavelmente você já ouviu falar sobre administração financeira e deve ter, ao menos, uma leve ideia da importância dessa atividade dentro de uma empresa. Mas você já analisou como anda a gestão do capital dos seus negócios? Existem muitas dúvidas relacionadas ao assunto e, o objetivo do nosso artigo de hoje é falar sobre o tema de forma simples e descomplicada, desmistificando a má impressão que ele pode ter causado em algum momento.

A administração financeira de uma empresa é importante demais para ser deixada para segundo plano. Portanto, a leitura desse artigo pode te ajudar a entender melhor a urgência que ela exige.

Vamos lá? Boa leitura!

Por que preciso dar atenção para a administração financeira?

A administração financeira engloba as ações e os procedimentos relacionados ao planejamento, a análise e ao controle das operações da empresa. Ou seja, todos os movimentos dentro de um ambiente empresarial estão ligados de alguma forma a essa gestão, desde recursos humanos, comunicação até a área fiscal, por exemplo.

Quando há uma administração financeira bem feita, é possível visualizar a situação geral da empresa e avaliar se está financeiramente saudável, contribuindo para os próximos planejamentos e possibilitando a otimização de novos resultados. Com isso, também é possível prever a melhor margem de lucratividade, balanceando os gastos e o saldo atual de contas a pagar e a receber.

Uma boa gestão lhe dará base para avaliar a movimentação do seu capital anterior e como está se movimentando atualmente, auxiliando a identificação de possíveis falhas e despesas desnecessárias, além de apresentar novas possibilidades de lucratividade através de novos caminhos.

Toda empresa tem um objetivo em comum: existir para gerar lucros. E mesmo com esse foco principal, a grande maioria não mensura e nem acompanha os resultados gerados no fim de um determinado período. A ausência desse acompanhamento acarreta um sério problema: o descontrole financeiro. Por isso, fique atento, pois ao contrário do que muitos pensam, chegar ao fim do mês com dinheiro em caixa nem sempre quer dizer que a empresa está obtendo lucro sustentável.

Administração financeira X crise

Não há como negar que o país está em crise e que ela chegou com tudo nas empresas brasileiras. Nos casos de queda de vendas, é necessário refletir sobre o que está ocorrendo dentro e fora da organização e buscar soluções que minimizem os impactos financeiros. Lembre-se sempre: um bom fluxo de caixa é responsável pela saúde financeira de uma empresa. Sem ele, sua companhia pode fechar as portas por falta de recursos.

Quando a crise chega, é necessário tomar algumas atitudes para encará-la de frente. A primeira coisa a ser feita é tomar conhecimento de todos os custos das atividades realizadas pela sua empresa. Provavelmente para essa ação, você precisará contar com o auxilio da área de contabilidade. Após tomar conhecimento, avalie onde os custos podem ser reduzidos e quais deverão ser mantidos como estão.

Evite usar palpites como base para qualquer tomada de decisão, principalmente em momentos conturbados. Nesses casos, é necessário adequar os custos fixos à nova realidade, renegociar contratos, fugir de dívidas (principalmente as estrangeiras), monitorar e acompanhar o desempenho, analisando os relatórios financeiros pré-crise x pós-crise.

Em tempos de crise, o foco no controle de fluxo de caixa deve ser redobrado, buscando soluções para a redução de custos juntamente ao aumento da competitividade dos negócios.

Erros na administração financeira

Muitas empresas sabem da importância de acompanhar de perto tudo o que diz respeito às finanças da empresa, porém às vezes cometem alguns erros que podem ser igualmente prejudiciais à ausência de gestão.

Segundo o consultor da Granatum Financeiro, Matheus Haddad, existem alguns erros recorrentes de pequenas empresas em relação ao assunto que podem ser resolvidos sem grandes dores de cabeça, mas exigem uma atenção mais próxima dos gestores.

Veja quais são os 14 erros financeiros mais comuns nas empresas de pequeno porte, segundo o consultor:

1) Não saber o saldo do caixa
Sem um controle das entradas e saídas de dinheiro do caixa, torna-se impossível identificar se a empresa está obtendo lucros ou se está entrando no vermelho.

2) Não saber o valor dos estoques
Os produtos estocados não são contabilizados e sua depreciação é desconsiderada na formação dos preços de venda e nos resultados financeiros da empresa.

3) Não saber o valor das contas a pagar e das contas a receber
É fundamental fazer um planejamento das contas que devem ser pagas e dos valores que deverão ser recebidos. Sem esse controle, as chances do gestor se perder durante essa movimentação são grandes.

4) Não saber o valor das despesas fixas
Identifique quais são os valores das despesas rotineiras, mínimas e necessárias, que permitem que o negócio funcione sem problemas. A falta dessa visão pode dificultar o pagamento das contas em dia, acarretando dívidas desnecessárias.

5) Não saber se a empresa está tendo lucro:
O empreendedor está tão envolvido com a rotina operacional do seu negócio que se esquece de verificar se o trabalho está dando retorno. E que empresa quer operar sem lucros?

6) Não calcular o custo e o preço de venda dos produtos e serviços:
O preço de venda de um produto/serviço deve ser, no mínimo, igual ao custo de produzi-lo/prestá-lo. Determinar o preço de venda sem antes verificar seu custo, pode ser desastroso.

7) Não saber o valor patrimonial da empresa
Acontece quando a aquisição de equipamentos, materiais, estoques não são contabilizados no patrimônio da empresa.

8) Não saber o valor e a origem dos recebimentos
De onde vem os recebimentos da sua empresa? Você sabe qual é o produto que vende mais? Quais são os serviços mais prestados? Quais são os principais clientes? Ter conhecimentos das suas principais fontes de recebimento irá te auxiliar na elaboração de novas estratégias de mercado.

9) Não saber o valor e o destino dos pagamentos
A situação anterior se repete nesse tópico. Você tem conhecimento de quais são as principais despesas? Quais são os maiores custos dos produtos/serviços? Quais são os fornecedores mais importantes e quanto está sendo pago para eles?

10) Não determinar um valor fixo de pró-labore para os sócios
É fundamental que se determine um pró-labore (salário do sócio que trabalha na empresa) para considerá-lo nos custos da empresa e no seu planejamento financeiro.

11) Não administrar corretamente o capital de giro
Ter dinheiro disponível em caixa para honrar os compromisso imediatos da empresa é fundamental para manter o negócio saudável e uma boa imagem no mercado perante fornecedores e clientes.

12) Não fazer um fundo de reserva para demissões de funcionários:
Todas as empresas que possuem funcionários, podem também ter que demiti-los. É importante manter um fundo de reserva para pagar todos os direitos trabalhistas numa situação como essa.

13) Não fazer um fundo de reserva para pagamento do 13º salário e férias dos funcionários
O pagamento de férias e 13º salário deve ser planejado e uma reserva mensal proporcional deve ser feita para que quando essas despesas surgirem elas possam ser devidamente honradas.

14) Ter um gasto com a folha de pagamento superior a 30% do faturamento
Algumas empresas acabam contratando mais funcionários do que podem. Ter um gasto com a folha de pagamento de até 30% significa que você será capaz de fazer um fundo de reserva para demissões, fazer um fundo de reserva para pagamento de férias e 13º salários e utilizar o restante do faturamento para reinvestir no seu negócio.

Sua empresa comente alguns desses erros? Se a resposta for positiva, talvez seja um sinal de que a saúde financeira dos seus negócios esteja precisando de uma atenção extra.

Agora que você já tem entendeu que a administração financeira não deve ser uma opção, mas sim uma atividade fundamental, reestruture sua área administrativa e dê a atenção que ela de fato merece!

Até a próxima!