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Todos os dias diversas empresas e pessoas sofrem algum tipo de ataque hacker, a prova disso é que, segundo um estudo realizado pela Norton Cyber Security Report, em 2017 o Brasil perdeu mais de US$ 22 bilhões com ataques cibernéticos, sendo que, cada vítima perdeu cerca de 34 horas com as consequências dos ataques.

Diante das facilidades que a tecnologia proporciona, as informações dos usuários estão cada vez mais fáceis de serem acessadas, levando em consideração que praticamente todos os processos da vida, como compras, cadastros, pagamento de contas, consultas, etc, são realizados via internet. Ou seja, centenas de dados são expostos diariamente e correm risco de caírem em mãos de pessoas mal-intencionadas.

Já que sofrer um ataque hacker é algo muito comum, é preciso entender com clareza o que é esse problema, qual a sua dimensão no Brasil e no mundo, e como se prevenir desse mal de uma vez por todas.

O que é um hacker?

Quando se fala em hacker grande parte das pessoas associam a algo negativo, ou melhor, a um criminoso virtual. Mas é importante desmistificar isso, pois um hacker na verdade é uma pessoa que se dedica intensamente aos estudos de alguma área, na maioria das vezes na área da tecnologia/informática, e descobre algo especial em um sistema que antes não era possível - não precisamente uma falha de segurança. Para que não haja confusão entre hacker e criminoso da internet, é necessário conhecer os tipos de hackers que existem e o que cada um faz; veja:

White Hat: são os chamados “hackers do bem”, pois são especialistas em segurança da informação e utilizam o conhecimento para auxiliar as empresas na procura por vulnerabilidade em seus sistemas.

Black Hat: são conhecidos como os hackers mal-intencionados ou super hackers por se aproveitarem das vulnerabilidades que encontram para invasão de sistemas e obter informações sigilosas, como senhas, dados bancários, dados pessoais, entre outras.

Grey Hat: esse tipo de hacker está entre o White Hat e o Black Hat, já que invade sistemas somente por diversão, portanto não divulga e nem rouba dados confidenciais. Também são conhecidos por solucionar vulnerabilidades que encontram nas empresas em troca de dinheiro.

Script Kiddie: esse é o tipo de hacker inexperiente que utiliza ferramentas prontas normalmente sem saber exatamente como a mesma funciona.

Cracker: são os hackers que possuem foco principal em entender o funcionamento de softwares para criar cracks, que são ferramentas usadas para romper a ativação de um software comercial – o que colabora com a pirataria.

Quais são os ataques hackers mais comuns?

Agora que já ficou clara a diferença entre os tipos de hackers, é preciso entender como eles agem. Isso porque um hacker pode ter tantas habilidades e surpreender com a facilidade para invadir um computador por meio das falhas que detecta nos softwares. Uma das brechas mais utilizadas pelos invasores são as “portas abertas” pelos programas para receber arquivos, uma vez que os hackers criam programas que enganam essas portas e entram no computador como se fossem arquivos insuspeitos.

Quando a invasão ocorre, a máquina trava ou passa a atender aos comandos do invasor, a partir disso ele pode roubar senhas, dados pessoais, fazer download de programas ou arquivos, além de apagar o que desejar. Esses programas são conhecidos como Cavalo de Troia. Outra invasão muito comum é quando o hacker espalha vírus de computador, que são desenvolvidos para se reproduzir na rede e danificar o maior número possível de máquinas, entretanto o invasor não consegue controla-las.

Os criminosos da internet possuem formas diferentes de realizar ataques e, por isso, existe uma série de ataques hacker que causam diferentes consequências; veja alguns deles:

Backdoor (Porta dos Fundos) – Trata-se de um programa malicioso utilizado para garantir ao criminoso virtual o acesso remoto não autorizado explorando a vulnerabilidade de um programa. A backdoor trabalha em segundo plano e fica escondida do utilizador. É muito perigosa, porque pode servir para espiar e gerenciar todo o sistema operacional. O parasita é instalado manualmente por meio de outro software.

Ransomware – Também conhecido como “sequestrador digital”, o Ransomware codifica os dados do sistema após sua instalação e bloqueia o acesso de usuários. Existem diversos meios para a propagação do vírus, na maioria dos casos, o Ransomwares é instalado por meio de sites maliciosos e links suspeitos, porque o usuário é atraído para clicar em um link recebido por e-mail, divulgado nas redes sociais e em sites suspeitos.

Cavalo de Troia – Trojan horse, ou Cavalo de Troia, é um malware que se oculta em programas que parecem inofensivos ou tenta enganar o usuário para que o mesmo faça instalação. Esse tipo de malware não se multiplica ou infecta outros arquivos, ele fica oculto coletando informações ou configurando brechas na segurança do sistema. Além disso, a infecção pode controlar o computador e bloquear o acesso do usuário a ele.

Spyware – É um software de espionagem praticamente invisível que funciona em segundo plano, sem ser notado, enquanto coleta dados ou fornece acesso remoto para o hacker. É um dos malwares mais perigosos, visto que não causa danos somente ao dispositivo, mas também procura a identidade pessoal do usuário. Durante um ataque hacker, o spyware é útil na coleta de informações financeiras, como senhas, contas bancárias e dados de cartão de crédito. Geralmente, o espião vem em softwares ou durante o download em sites, por exemplo, ao baixar filmes e músicas.

Keylogger – Trata-se de um programa desenvolvido para gravar tudo que o usuário digita no computador. Funciona como um spyware, mas é utilizado na maioria das vezes para capturar senhas e dados pessoais. O problema ocorre por meio de mensagens instantâneas, links, e-mails, serviços de trocas de mensagens por voz, links, etc.

Vírus – O vírus é um programa ou trecho de código desenvolvido para danificar o computador/celular corrompendo arquivos do sistema e destruindo dados. Tem a capacidade de se autorreplicar e se copiar para outros arquivos e computadores sem a autorização do usuário. O vírus fica inativo na máquina até que seja executado, ou seja, para que o vírus contamine é preciso executar o programa infectado. A partir disso, ele pode contaminar outros computadores da rede, roubar senhas e dados, corromper arquivos, encaminhar spam para os contatos de e-mail ou até mesmo controlar o computador. O vírus pode surgir disfarçado como conteúdo compartilhado por meio de redes sociais e e-mails, além de ser contraído por meio de downloads de áudio e vídeo.

Ataque DoS – O ataque DoS (Denial Of Service) é um ataque de negação de serviço, isto é, trata-se de uma tentativa de sobrecarregar o servidor ou o computador para que os recursos do sistema fiquem indisponíveis para o usuário. Diferentemente das outras invasões, os ataques DoS são feitos para evitar que o servidor consiga atender aos clientes, dessa forma são usadas técnicas que enviam diversos pedidos de pacotes para que o mesmo fique sobrecarregado e não consiga mais realizar atendimentos, mas é feito por apenas um atacante.

Ataque DDoS – O DDoS é feito através de vários computadores promovendo ataque ao mesmo tempo contra um único alvo, além do computador do hacker outros computadores também estarão trabalhando no mesmo objetivo. Para realizar esse tipo de ataque em diversos computadores, os hackers ou crackers enviam trojans juntamente com o programa utilizado para fazer o ataque DDoS.

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Como se proteger de um ataque hacker?

Se proteger de um ataque hacker não é tarefa fácil levando em consideração a quantidade de ataques que são realizados diariamente e as habilidades que os criminosos da internet possuem. Além do mais, as brechas que são deixadas durante o planejamento de segurança da informação das empresas são gigantescas.

Existem algumas medidas para proteger o computador contra hackers, a principal delas é utilizar um bom firewall, uma ferramenta que limita o acesso às portas do computador impedindo, assim, a entrada de invasores. Sendo assim, apenas usuários autorizados têm permissão para mexer no computador.

Esse recurso impossibilita a entrada e saída de informações confidenciais porque controla qualquer tipo de transferência de dados da máquina via internet. É um software responsável por criar ordem de segurança para o tráfego de dados criando, assim, barreiras às ameaças existentes na rede externa, isso graças ao monitoramento das portas da máquina.

É importante lembrar que embora tenha o propósito de proteger o computador de ameaças, o firewall não é como um antivírus, pois os dois trabalham de formas diferentes e um não dispensa a necessidade do outro.

O firewall impede a entrada e saída de informações pelos gateways configurados, mas não bloqueia conteúdo recebido por sites, e-mails, etc.

Já ficou claro que investir na segurança da informação é uma necessidade para as empresas, sejam elas pequenas ou grandes. Para entender mais sobre o assunto confira nosso artigo clicando aqui.

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