Tudo sobre Cibersegurança, Segurança da Informação e Proteção Digital.

Início de 2020, mais precisamente o mês de janeiro. Você consegue recordar onde estava? Talvez na praia, no interior ou em algum outro lugar, desfrutando das suas tão sonhadas férias. Ou quem sabe, como eu, você estava no escritório, encarando uma rotina de trabalho comum.

Independente de como o seu ano de 2020 tenha começado, nenhum de nós poderia imaginar o cenário difícil que iríamos enfrentar no fim do mês de fevereiro, após a notificação do primeiro caso de covid 19 no Brasil.

Muitas coisas aconteceram, todos nós passamos a encarar inúmeros desafios e a urgente necessidade de redescobrir e aprender caminhos, alternativas para seguir em frente.

Estamos em março de 2021, completando um ano de pandemia no Brasil, por isso preparei esse artigo sobre os impactos e como a cibersegurança e a tecnologia teve, e tem, um papel fundamental nesse cenário.

Neste artigo, você vai descobrir informações relevantes sobre este assunto:

  • Principais vírus/ameaças de 2020
  • 1 ano do vírus no Brasil: quais os impactos?
  • Como as empresas podem se proteger nesse cenário

Principais vírus de 2020

A pandemia exigiu uma nova postura por parte de todos nós. Ações comuns da nossa rotina precisaram ser substituídas para impedir o avanço do vírus.

Distanciamento social, lavar as mãos e o uso de máscaras e álcool em gel, foram as principais ações, e que ainda seguem como essenciais para a prevenção.

Contudo, no universo digital, as medidas de prevenção e segurança não foram levadas tão a sério, possibilitando o sucesso das ciberameaças e gerando inúmeros prejuízos e problemas.

Em 2019, as previsões sobre os principais vírus foram divulgadas, alertando sobre o retorno do ransomware, roubo de senhas, golpes e extorsões financeiras.

As notícias comprovaram algumas previsões, surpreenderam com outras e trouxeram um alerta: não podemos subestimar ameaças conhecidas.

Entre os ciberataques mais famosos de 2020, destaquei quatro para você relembrar:

1.Ransomware

O ransomware levou o troféu dos ataques mais executados em 2020. O malware criptografa dados, solicitando um pagamento em bitcoin para a liberação dos mesmos.

Os criminosos inovaram, desviando os dados antes de criptografá-los. Desta forma, se a vítima não pagar o resgate, eles não destroem as informações, mas publicam em fóruns ou leilões da Deep Web.

2. Phishing

Apesar de ser subestimado por alguns, o ataque que “fisga” informações fez muitas vítimas em 2020. Somando fatores como: mudança repentina para home office, colaboradores despreparados, dispositivos e máquinas desprotegidos, o phishing encontrou um cenário perfeito para seu sucesso.

Segundo o relatório anual da Axur, houve um recorde de identificação em casos de phishing: 48.137 casos em 2020, com um crescimento de 99,23% em comparação ao ano de 2019.

3. Brute Force

Brute Force, o ataque de força bruta, também fez muitas vítimas no ano passado. Nesse tipo de ataque, os criminosos utilizam softwares específicos e tentam efetuar o acesso em uma máquina ou serviço.

Explorando mais uma vez o cenário da pandemia, com muitas vulnerabilidades, como colaboradores acessando remotamente máquinas empresariais sem a segurança básica necessária, os criminosos utilizaram muito o brute force.

O sucesso dos ataques foi tamanho, que o Brasil ficou em segundo lugar no ranking dos países que mais sofreram ataques cibernéticos em 2020.

4. Trojans Bancários

Fechando a lista, temos os trojans bancários. Os trojans bancários são malwares, tipos de cavalos de troia, que roubam dinheiro diretamente das contas bancárias de usuários em dispositivos móveis, também chamados de bankers.

Esses vírus se disfarçam de aplicativos financeiros legítimos, mas quando a vítima insere suas credenciais, o criminoso consegue o acesso a essas informações.

Os trojans fizeram muitas vítimas em 2020, reforçando a necessidade da conscientização dos usuários sobre golpes e ciberameaças em nosso país.

1 ano do vírus no Brasil: quais os impactos?

Quando pensamos em um ano de pandemia, existem muitos impactos e informações a serem consideradas. Afinal, as dores, desafios e dificuldades foram compartilhadas por todos nós, e cada setor foi afetado de uma forma diferente.

Economia: um impacto a ser encarado

Os efeitos causados pela pandemia, impactaram diretamente a economia global, e refletirão ao longo dos próximos anos.

Um levantamento feito pelo economista Marcel Balassiano, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, apresentou os seguintes dados:

  • O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu uma queda de 5,8%;
  • A taxa de desemprego fechou em 13,4%, e atualmente atingiu 14,1%, cerca de 14 milhões de brasileiros, segundo os dados da Pnad - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Com o isolamento social, medida tomada para conter os avanços da doença, diversos setores foram afetados.

Em abril, o número de vendas do varejo foi 17,2% menor do que no mês anterior, enquanto o volume de produção da indústria caiu 19,5%, de acordo com os do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Outro setor impactado foi o das pequenas e médias empresas brasileiras. O estudo Panorama PMEs: os impactos da Covid-19 e os passos para a retomada – apontou que 77,7% das PMEs sofreram impactos negativos na receita durante a pandemia.

Adesão tecnológica: benefícios e riscos

Apesar do cenário de crise da pandemia, alguns impactos foram positivos. Como a adesão aos recursos tecnológicos por parte das empresas de menor porte.

A automação de operações por meio de ferramentas, com objetivo de acompanhar os dados de maneira assertiva, aumento na produtividade e otimização, foram alguns dos benefícios e razões na aceleração do processo.

Essa adesão tecnológica ocorreu em quase todos os setores, como o da educação, que passou a atuar de maneira EaD, utilizando plataformas de transmissões ao vivo, aplicativos com recursos educacionais, etc.

Outro setor de ampla adesão tecnológica foi o da saúde. A tecnologia possibilitou que laboratórios e empresas desenvolvessem soluções essenciais para as necessidades da pandemia, como testes rápidos de detecção do vírus, respiradores artificiais, além dos estudos sobre o comportamento e avanço da doença.

Além disso, o setor da saúde aderiu à teleconsulta, um modelo já discutido há alguns anos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A implementação foi amplamente adotada a fim de atender os pacientes, sem que eles precisassem se expor em clínicas.

Home office e a saúde mental

Por fim, um dos grandes impactos da adesão tecnológica foi a modificação para o modelo home office. Uma alternativa de sobrevivência adotada pelas empresas, que foi bem recebida em seu primeiro ano de teste.

Contudo, notícias mostram que além dos problemas de segurança, com máquinas e dispositivos desprotegidos, a falta de treinamento e conscientização de pessoas, a saúde mental dos colaboradores passou a ser um foco de preocupação para os pesquisadores.

Algumas preocupações sobre a saúde mental mais alarmantes ligadas a essa nova rotina:

  • Burnout

Outrora relacionado com a sobrecarga do trabalho, o esgotamento mental no cenário do home office pode ocorrer devido à dificuldade de separar vida pessoal e profissional.

  • Ansiedade

O isolamento social e a situação de crise aumenta o risco de constantes descontroles de emoções, que pode acompanhar sintomas físicos como taquicardia (coração acelerado), aperto no peito, falta de ar, medo extremo, tremores no corpo e sudorese. Esses são sinais de alerta gerados pela ansiedade.

  • Depressão

Diante de um cenário de incertezas e dificuldades, as alterações no humor se tornam mais frequentes.

Entretanto, gestores precisam se preocupar quando elas se tornam intensas, acompanhadas de outros sintomas, a saber: sensação de tristeza profunda, desesperança, baixa autoestima, culpa e alterações no sono e apetite, pois são alguns dos sintomas da depressão.

Como as empresas podem se proteger nesse cenário

Os impactos que vimos até aqui formam apenas alguns dos muitos desafios gerados pela pandemia. Entretanto, uma pergunta segue necessitando de resposta:

Como as empresas podem garantir mais segurança para as informações, mitigando os riscos e focando nas demandas mais urgentes do negócio?

Em um cenário de crise, as prioridades precisam ser estabelecidas. Garantir uma segurança básica é o primeiro passo na jornada de proteção e continuidade de qualquer empresa nos próximos anos.

Conte com uma parceria eficaz

A cibersegurança para o cenário empresarial é uma necessidade. Contar com uma parceria estratégica e eficaz faz toda a diferença. Conheça o programa de parceria que pode gerar segurança para seus clientes e escalabilidade para seus negócios.

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Utilize soluções de segurança nos dispositivos e máquinas

Ameaças internas podem ser contidas através de soluções de segurança, instaladas nos computadores e dispositivos móveis corporativos.

Por isso, utilize um bom antivírus e soluções para controle e verificações de e-mails. Com máquinas e dispositivos móveis protegidos é possível mitigar as consequências dos vírus e golpes digitais.

Gerencie senhas e acessos

Criar e guardar senhas é um problema para a maioria das pessoas. Não é à toa, que a senha mais utilizada em 2020 foi 123456, segundo a ESET. Este problema pode ser resolvido através da utilização de um software de gerenciamento de senhas.

Uma solução confiável é a Kaspersky Small Office Security.

Proteja o acesso remoto

Os ataques de força bruta que fizeram tantas vítimas em 2020, seguem com muito sucesso em 2021. Essa ameaça pode ser mitigada através do acesso remoto seguro, utilizando uma rede virtual privada (VPN).

A VPN garante que o tráfego de dados ocorra por meio de túnel criptografado, evitando, além de outras coisas, protegendo dos conhecidos farejadores maliciosos, sniffers. Além disso, utilizando a VPN, você impede a exploração do RDP, um recurso muito explorado por cibercriminosos.

Cuide da rede da empresa

Além de garantir a proteção dos dispositivos, máquinas e acesso remoto, é fundamental que a rede da empresa esteja protegida contra invasões externas.

O firewall é o software que bloqueia os acessos não autorizados à rede, criando uma proteção para as informações confidenciais.

No caso do firewall modular, é possível agregar mais soluções de segurança para filtrar navegação, balancear os links e executar relatórios completos de segurança.

Conscientize os colaboradores

A educação de pessoas sobre segurança e riscos no ambiente digital é uma das melhores ações de prevenção contra as ameaças cibernéticas. Oferecer treinamentos, materiais, palestras e cursos sobre o assunto deve ser uma prioridade para gestores e líderes.

A conscientização de hoje pode evitar o risco do amanhã.

Conclusão

Após um ano de pandemia, muitos desafios ainda precisam ser enfrentados. Contudo, uma das grandes lições que descobrimos é que podemos nos adaptar, pois, apesar dos pesares, é preciso seguir em frente.

Então, sigamos encarando os desafios, um passo de cada vez, trabalhando o que temos hoje e cuidando daquilo que desejamos carregar para os próximos anos.

A segurança continuará sendo fundamental, e nós acreditamos em um Brasil mais seguro.

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Fontes
Dcomercio | CIO | Resources