Tudo sobre Cibersegurança, Segurança da Informação e Proteção Digital.

No mundo pandêmico atual, ter acesso a um antídoto contra vírus mutantes é tudo o que a gente precisa, não é mesmo? E no cibermundo, as coisas não são muito diferentes.

Neste artigo, vamos falar do famigerado antivírus, um imunizante de eficácia comprovada essencial para a saúde do seu sistema.

O que é um antivírus?

Conceitualmente, podemos dizer que um antivírus, como o próprio nome indica, é um programa de cibersegurança que visa proteger computadores, dispositivos móveis e redes contra vírus cibernéticos.

Esses softwares atuam na prevenção, detecção e, muitas vezes, até mesmo na remoção dessas pragas virtuais.

Os vírus são programas (ou parte de programas) malignos, que são carregados em um computador ou dispositivo móvel sem o consentimento do usuário.

Esses códigos maliciosos se proliferam pelo sistema infectando, inserindo cópias de si e tornando-se parte de outros softwares e demais arquivos da máquina.

Ou seja, um vírus é um malware que tem a capacidade de se auto replicar.

Estes agentes contaminantes podem ser contraídos na navegação (por meio de downloads de anexos ou programas infectados, por exemplo) e através de mídias externas (como celulares, DVDs, e pen drives contaminados inseridos no PC).

Os vírus são produzidos unicamente para destruir arquivos e perturbar o funcionamento do seu dispositivo. Isto é, eles adoecem o seu sistema; e os sintomas dessa doença viral podem ser:

  • falhas na execução de um programa;
  • baixa e comprometimento da memória;
  • lentidão e travamentos;
  • danificação de dados e drives;
  • formatação indesejada do HD.

Os antivírus foram criados como vacinas para combater esse mal, mas apesar da sua denominação, um software antivírus não nos protege apenas contra ataques virais.

Isso porque, embora os vírus ainda estejam à solta pelo cibermundo, outras espécies de ameaças são bem mais comuns hoje em dia.

Na verdade, a última “cepa” de vírus cibernético, realmente inédita, apareceu entre 2011 e 2012.

O inimigo agora é outro!

As novas variantes de malware são as mais perigosas ciberameaças da atualidade. E aqui não dá para ser negacionista: elas são muito piores do que seus antepassados infecciosos.

Os vírus do passado abriram a porta para toda uma liga de ameaças avançadas, como, por exemplo, spywares, rootkits, exploits, trojans e ransomware.

Além do combate a esses softwares maliciosos mais desenvolvidos ser bem mais duro — devido ao fato de serem mais fortes e eficientes em se esconder nos sistemas —,  esses novos malwares podem roubar, expor, destruir, e até mesmo sequestrar os seus valiosos dados!

Felizmente, da mesma forma que a técnica dos cibercriminosos e seus programas malignos se desenvolveram, as tecnologias antivirais que os combatem também evoluíram.

Como os antivírus operam?

Qualquer programa que combata vírus e demais malwares tem como carro chefe do seu sistema de segurança a prevenção. E esses softwares se utilizam de estratégias de monitoramento como medida preventiva. Como funciona?

Se as aplicações instaladas em um computador monitorado apresentam algum tipo de estrutura ou ação suspeita, elas têm as suas atividades bloqueadas, ou são movidas para uma quarentena (com essa palavra  a gente já tá craque, né?!).

Nesse isolamento, o desempenho dos softwares é supervisionado, a fim de diagnosticar as possíveis causas do problema apresentado.

Na prática, logo que os antivírus são instalados, eles realizam uma varredura em todos os arquivos do computador, criando para cada um deles uma “assinatura digital”.

Assinatura Digital

Esse método funciona como um processo de biometria para os ficheiros. A partir da sua análise, o programa de segurança fará escaneamentos periódicos para verificar se os arquivos fichados sofrem alguma alteração com o tempo.

Caso alguma mutação seja identificada, o usuário é automaticamente notificado para que tome as devidas atitudes, como a desinstalação do programa, por exemplo.

Essa detecção baseada em assinatura meio que busca por “impressões digitais” dos criminosos. É uma ótima forma de identificar a ameaça caso a impressão (assinatura) do código malicioso seja conhecida — se já tiver sido abordada em alguma outra oportunidade e armazenada no banco de dados do antivírus.

Porém, como novos malwares são desenvolvidos a todo momento (cerca de 360.000 por dia, segundo o Kaspersky Lab), o poder da assinatura digital acaba sendo limitado, uma vez que os novos códigos são irreconhecíveis para o cadastro desatualizado dos programas de proteção.

Com isso, os desenvolvedores de antivírus já estão disponibilizando recursos aprimorados anti malware que detectam ameaças a partir de uma análise comportamental —  a análise heurística.

Análise Heurística

Os antivírus mais modernos estão um passo à frente na corrida pela imunização dos seus usuários, podendo detectar ameaças ainda desconhecidas.

A análise heurística é a mais nova tecnologia de segurança cibernética. Com ela, é possível identificar uma atividade suspeita analisando a estrutura e o comportamento de um programa baixado, ou prestes a ser executado.

Cada vez que esses antivírus mais novos verificam o arquivo executável, eles avaliam sua estrutura geral, a lógica de programação e outros dados, procurando por qualquer código “insalubre” e instruções suspeitas. Dessa forma, é analisada a probabilidade de haver algum malware escondido no programa.

E além da prevenção, esse tipo de antivírus atua também na remoção da ameaça. Assim, eles conseguem impedir que vírus (ou qualquer outro tipo de perigo) que ainda não se propagaram, infectem e destruam o sistema protegido.

Em resumo

O antivírus que trabalha com assinaturas digitais é como aquele policial federal de aeroporto, que fica pesquisando fotos de criminosos em seus arquivos para conferir se um viajante que deseja entrar no país possui a mesma fisionomia criminal.

Já o antídoto que é baseado em análise heurística é como um segurança que analisa os comportamentos suspeitos dos sujeitos, procura ver se não estão armados, e os expulsa caso ofereçam perigo.

Antivírus + Você

Não existem sistemas totalmente imunes a vírus e demais malwares, pois a cada dia surgem novos softwares maliciosos, e muitos deles são desenvolvidos propriamente para resistirem ao imunizante dos antivírus.

Como a doença antecede o antídoto, os criadores de programas maliciosos de laboratório estão sempre à frente dos desenvolvedores de antivírus; o que torna esse software antiviral um ótimo remédio, mas não um santo milagreiro.

Contudo, seu uso é indispensável. Assim, para aumentar ainda mais a imunidade do seu sistema de defesa, uma boa dose de proatividade da sua parte é essencial. E aqui vão 3 medidas segurança adicionais:

Mantenha o seu antivírus sempre atualizado

Além de não possuir recursos mais recentes para combater softwares maliciosos inéditos, um programa de proteção desatualizado pode ser uma porta aberta para os próprios malwares invadirem seu dispositivo.

É como se fosse organismo com imunidade baixa, que não possui células de defesa para se proteger de uma infecção.

Portanto, é essencial que seu antivírus, assim como seu sistema operacional e demais programas, estejam instalados com a última versão disponível.

Para entender melhor sobre a importância das atualizações, confira o artigo:

Update de softwares e hardwares: tudo o que você precisa saber!
“Update or Die!”, afirmou Carlos em um tom repleto de ira. Carlos é um profissional de TI, responsável pela gestão da tecnologia da informação, o cérebro invisível de qualquer empresa. A raiva de Carlos tem um motivo: o desinteresse dos gestores quanto às atualizações dos softwares e hardwares d…

Redobre a atenção

Ao navegar pela internet, evite entrar em páginas desconhecidas e baixar programas de terceiros.

Aqueles e-mails, também, de supostos bancos ou empresas que pedem para você clicar em links e anexos estranhos, anúncios mirabolantes e ofertas que prometem “mundos e fundos"... todas essas coisas, normalmente, são armadilhas dos criminosos cibernéticos.

Por isso, é necessário que, juntamente com a utilização de um antivírus bem equipado e constantemente atualizado, o usuário se mantenha bem atento para que não clique em nada nocivo a seu computador.

Invista tempo e (se possível) dinheiro

É importante ressaltar que antes de instalar soluções antivírus, é preciso observar bem as suas especificações e avaliar a melhor opção para cada caso.

Por exemplo, um antivírus desenvolvido para Windows dificilmente será efetivo em uma máquina com OS X. Cada sistema operacional tem as suas peculiaridades.

Assim como uma versão para computadores domésticos não vai funcionar em um servidor corporativo.

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Portanto, escolher um antivírus apropriado pode demandar um tempinho seu — ainda mais se você optar por um “na faixa”.

Pois, embora existam boas opções de antivírus gratuitos para uso pessoal (no nosso pocket a gente fala quais), para usufruir de uma maior segurança que antivírus mais equipados proporcionam, é bom tirar o escorpião do bolso.

Conclusão

No combate aos vírus cibernéticos e suas variantes malignas, um software antivírus é um dos imunizantes mais eficazes e acessíveis aos usuários em geral.

Se atentar aos protocolos de segurança e aderir a esses antídotos disponíveis são vitais para a sua imunização — que embora tenha um custo e possa não ser total, impede que a consequência de uma infecção seja fatal.

Que tal ficar por dentro do mundo da cibersegurança e conhecer outras armas para a batalha contra os ataques cibernéticos?

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Fontes:

Malwarebytes | Softwareone| IF