Plano de segurança digital: três passos para elaborar um!
A segurança digital é uma frente da segurança que atua com tecnologias, ações e soluções para proteger as informações no espaço digital. Suas ações implicam em medidas de prevenção, mitigação e recuperação diante das ameaças cibernéticas.
Existe uma economia no mundo digital. As operações das empresas acontecem 100% online ou utilizando muito desse espaço, tornando os dados um ativo valioso e muito vulnerável.
E como as empresas podem proteger suas informações, mantendo as engrenagens dessa economia ativas? Um dos passos importantes é possuir um bom plano de segurança digital.
Neste artigo você encontrará os principais passos para elaborar um plano eficaz.
O que é plano de segurança digital?
O plano de segurança digital são as estratégias e diretrizes adotadas por uma empresa para lidar com as ameaças do mundo digital, registradas em um documento.
Confira agora o passo a passo para a elaboração de um.
Como elaborar um plano de segurança digital?
Conheça os ativos e o cenário empresarial
Antes de elaborar um plano de segurança digital é necessário conhecer os ativos, entendendo a prioridade das informações e ativos, quais são os mais críticos e que sustentam os processos da organização.
O mapeamento de ativos é o processo de identificar e catalogar os bens físicos e tecnológicos da empresa, avaliando: localização, nível de utilização, usuários que acessam e o prazo de vida útil.
O objetivo do mapeamento de ativos é garantir que todas as etapas do plano de segurança digital sejam executadas com sucesso, e que as soluções e ações atendam as demandas da empresa. Sendo assim, deve ser realizado com muito critério.
Mapeie os riscos e elabore uma política de segurança
Em seguida, é necessário mapear os riscos de segurança que a empresa possui. O mapeamento precisa ser muito bem executado, identificando os possíveis riscos para reduzir os impactos que eles poderão gerar.
O processo precisa ser realizado por um profissional de tecnologia da informação que tenha conhecimento teórico na área, orientando-se pela Norma ABNT NBR ISO/ IEC27005:2008.
Isso posto, conheça quatro etapas que devem ser consideradas no mapeamento de riscos:
- Diagnóstico e classificação dos riscos
A primeira etapa é conhecer e classificar os níveis dos riscos: o contexto, se estão associados a problemas de governança, falta de recursos e falhas no sistema e infraestrutura.
2. Análise de riscos
Após mapear e catalogar os riscos, é preciso avaliar a probabilidade de incidentes e o nível de impacto que será causado na empresa, classificando e priorizando riscos, para executar testes e medidas de prevenção contra incidentes de segurança.
3. Plano de ação
A terceira etapa envolve criar o plano de ação para gerenciar as ameaças e recuperar operações, além de ações de contingência que garantam o funcionamento da empresa.
4. Plano de Comunicação
Por fim, é fundamental elaborar um plano de comunicação sobre as ações e medidas para os administradores, gestores e colaboradores da organização.
Confira mais dicas em nosso artigo completo sobre gerenciamento de risco:
O mapeamento de risco será uma peça fundamental para a política de segurança. A política de segurança da Informação (PSI) é um documento que estabelece diretrizes técnicas e boas práticas sobre a segurança dos dados de uma empresa.
A PSI é baseada na tríade da segurança da informação: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Descubra os 5 passos para criar uma política de segurança da informação.
Executando o plano de segurança digital
Trabalhe a segurança em camadas
Grande parte da eficácia na execução de um plano de segurança digital, concentra-se nas estratégias e soluções utilizadas. Neste cenário, trabalhar a segurança em camadas pode ser muito útil, considerando a prevenção, mitigação e recuperação de riscos de segurança.
A segurança em camadas é fundamental, pois as ameaças cibernéticas e falhas encontram-se em diversos níveis na operação de uma empresa. Além disso, todos os dias cibercriminosos exploram vulnerabilidades e novos tipos de ataques.
Conheça os pontos para trabalhar segurança digital em camadas
- Controle de acessos e permissões
Começando pelo gerenciamento de usuários, suas permissões de acesso aos dados, sistemas, dispositivos, aplicativos, servidores de armazenamento, etc. Para garantir a segurança, esse processo é executado em três etapas:
Autenticação
Nessa primeira fase o usuário precisa provar sua identidade. Normalmente, é feita uma checagem de 2 etapas, para determinar se o acesso ao sistema será liberado. Como ocorre no internet banking, quando inserimos uma senha e depois recebemos um código para validação do login.
Autorização
A autorização tem a função de especificar direitos de acessos de cada usuário a determinados recursos do sistema, limitando de acordo com a posição de cada um na empresa.
Auditoria
Já a auditoria é a coleta dos históricos de uso dos recursos tecnológicos de cada usuário, em tempo real. Através desses dados é possível realizar verificações e acompanhar ações suspeitas por parte de usuários que possuem permissões.
- Proteção na rede
Boa parte dos ataques cibernéticos ocorrem através de ameaças externas. Por isso, uma segurança de camadas garante proteção contra invasões e ameaças que colocam a operação das empresas em risco.
A camada de segurança na rede também protege contra ameaças internas, impedindo acessos inseguros e inapropriados.
O firewall é a solução utilizada para realizar essas funções, efetuando o controle de banda, analisando, autorizando, bloqueando e priorizando o tráfego. Através dele também é possível identificar, notificar, isolar e eliminar spywares, vírus e malwares.
Descubra mais sobre configurações do firewall e como evitar vulnerabilidades na rede
- E-mails e aplicações
É fundamental garantir a segurança das aplicações, utilizando softwares que sejam confiáveis e constantemente atualizados, protegendo a rede em níveis de endpoint.
Os e-mails também precisam de segurança, já que o número de fraudes e ataques através de e-mails corporativos é gigante. Isso significa: proteger os hardwares dos usuários, impedindo que dados sigilosos como senhas e credenciais sejam coletados.
Nessa camada, é necessário utilizar soluções anti-spam e anti-phishings, capazes de bloquear essas ameaças das caixas de e-mails dos colaboradores.
- Dispositivos e usuário final
O usuário final é sempre o elo mais vulnerável em qualquer organização. Por isso, é imprescindível a utilização do antivírus nas máquinas e de uma VPN - Rede Virtual Privada de qualidade para cuidar dos acessos remotos.
E claro, a conscientização e treinamento de colaboradores para adotar um comportamento digital consciente, além de reconhecer ameaças e reportá-las aos responsáveis pela segurança.
Estabeleça uma política de backup
O último elemento do plano de segurança digital envolve a recuperação. O backup é a tecnologia que guarda todos os dados da operação, com atualizações constantes, podendo ser horárias ou diárias.
A política de backup é o documento que direciona as diretrizes sobre o armazenamento de dados. Ele estabelece instruções de funcionamento e parâmetros para execução do backup.
É importante que adotar mais de um tipo de backup, garantindo mais otimização na gestão da política. Uma observação importante: não se esqueça que todas as medidas e ações precisam ser documentadas adequadamente.
Saiba como montar um plano de recuperação de desastres:
Urgência e constância do plano
Ainda não chegamos na metade do ano de 2021 os ataques cibernéticos estão a todo vapor. O especialista Marco DeMello, CEO da PSafe afirma:
“Mundo vive pandemia de ciberataques e Brasil está despreparado.” BBC - Brasil
Consequentemente, o número de incidentes de vazamento de dados também está sendo alarmante. Em apenas quatro meses, ocorreram mais de cinco episódios de mega vazamentos: LinkedIn, Clubehouse, Facebook, Poupatempo e Trello.
O cenário pede urgência na área da segurança e privacidade, como uma questão de sobrevivência para as empresas. Diante disso, é importante trabalhar também a constância nas ações de proteção e nesse ponto, o melhor caminho é contar com um parceiro estratégico.
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Conclusão
Quando bem elaborado, um plano de segurança pode garantir a proteção de empresas no ambiente digital, cuidando dos ativos mais valiosos: os seus dados.
Agora você conhece os passos para elaborar um plano de segurança digital.
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Fontes