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Copa do Mundo 2022. Você sabe qual o valor da premiação para o primeiro colocado na competição?

Nem precisa dar um Google, pois a seleção campeã levará o montante de US$ 42 milhões.

Apesar de alto, tal valor ainda está longe da receita gerada pelos ataques cibernéticos, que chegará, até 2023, a US$ 43 trilhões em prejuízos para empresas no mundo inteiro, segundo a Statista.

Preocupantemente, o Brasil tornou-se o segundo colocado no ranking dos países alvos de ciberataques, segundo o relatório da Netscout.

Por isso, neste artigo, iremos percorrer dos códigos aos cofres, apresentando quatro prejuízos financeiros que os ciberataques podem causar em seus negócios.

O que são ciberataques?

O que são ciberataques

Os ciberataques são tentativas indesejadas e ilegais, realizadas por cibercriminosos para roubar, expor, alterar ou desativar informações, por meio de um acesso indevido a sistemas de computadores ou uma rede completa.

Os cibercriminosos possuem objetivos diversos, quando executam ataques cibernéticos. Contudo, quando um cibercriminoso executa um ciberataque, ele possui três objetivos principais:

  • Promover uma ação social ou de viés político - hacktivismo;
  • Espionagem - espionar concorrentes para obter vantagens injustas;
  • Obter lucratividade através do roubo de dados - financeiros e de clientes do negócio;

Seja qual for a motivação por trás de um ataque cibernético, uma coisa é certa: essa ação maliciosa irá gerar prejuízos para suas vítimas.

Mas, quais são eles? É o que te mostraremos a seguir.

4 prejuízos financeiros que os ciberataques causam em empresas

Prejuízos financeiros causados por ciberataques

Um recente relatório do Government Accountability Office, de 2022, apontou que os custos com ataques cibernéticos tornaram-se muito significativos e crescentes, causando impactos sérios para a economia.

A verdade é que os ataques cibernéticos são extremamente prejudiciais para as empresas, gerando prejuízos financeiros não apenas na violação de dados, mas em níveis bem profundos.

Dentre eles, destacamos os quatro mais significativos:

1. Elevação de custos

Em uma realidade repleta de riscos e ciberameaças, as empresas precisam desembolsar cada vez mais para garantir a proteção contra cibercriminosos. Tais custos podem envolver:

  • Investimento em tecnologias e mão de obra especializada em cibersegurança
  • Conformidade e adequação às legislações de privacidade de dados
  • Coberturas de seguros cyber para a empresa

Apesar de elevarem os custos, tais investimentos são bem menores quando comparados com os prejuízos causados por ciberataques.

Um exemplo disso são os prejuízos causados por ataques ransomware, que poderão ultrapassar o valor de US$ 30 bilhões em danos empresariais, até 2023, segundo a Acronis.

2. Interrupção nas operações

As interrupções nas operações das empresas são classificadas como custos indiretos, causados por ataques cibernéticos, que podem impactar significativamente na perda da receita de um negócio.

Desde apagar dados valiosos, até a instalação de malwares, para o bloqueio dos acessos ao site da empresa, os caminhos são diversos, mas o prejuízo é quase sempre o mesmo: interrupção nas operações.

Empresas como e-commerces, agências bancárias, lojas virtuais, startups e muitas outras, podem ter prejuízos tão significativos com interrupções em suas operações, que podem levar até mesmo à falência, ou fechamento do negócio.

3. Danos à reputação

De todos os prejuízos causados às empresas por ciberataques, os danos à reputação são um dos mais difíceis de quantificar. Isso porque, o valor da marca é um dos valores mais importantes que uma empresa pode possuir.

Vivemos em uma atualidade onde o relacionamento e a confiança é algo fundamental para os consumidores. Um estudo realizado pela Kaspersky, em 2021, revelou que 50% dos brasileiros evitaria contratar um serviço de uma empresa que sofreu uma violação de dados.

Os impactos na reputação também podem ser sentidos na relação entre fornecedores e na queda no valor de mercado, no curto prazo, no caso das empresas de capital aberto.

Pesquisadores de segurança da Comparitech apontaram uma queda no preço das ações de 3,5%, das empresas listadas na Bolsa de valores de Nova York, após episódio de violações de dados.

4. Multas e penalidades judiciais

Por fim, multas e penalidades judiciais. Empresas que sofrem ciberataques não precisam responder apenas para seus clientes e fornecedores, mas também perante a legislação.

No cenário brasileiro, temos a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados - instituída para responsabilizar empresas sobre a coleta, tratamento e armazenamento de dados pessoais.

A legislação prevê 9 tipos de penalidades aos agentes que infringirem a norma, dos quais destacamos seis:

  1. Advertência
  2. Multa simples de até 2% do faturamento da empresa, limitada a R$ 50 milhões
  3. Multa diária de R$ 50 milhões
  4. Publicidade da infração
  5. Bloqueio dos dados pessoais do objeto da infração
  6. Proibição total ou parcial da atividade de tratamento de dados

Segundo dados da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), as multas começam a ser aplicadas a partir do mês de outubro de 2022. Entretanto, as multas aplicadas pela legislação não são os únicos prejuízos judiciais causados pelos ciberataques e violações de dados.

É necessário lembrar que consumidores e fornecedores também podem entrar com processos contra a empresa, gerando outras penalidades judiciais para a organização.

As estratégias dos cibercriminosos executarem os ataques são muitas.

Quando você procura por “tipos de ataques cibernéticos”, encontra uma infinidade de tipos de ciberataques, métodos utilizados para a execução de um crime digital.

Isto posto, conheça agora os principais tipos de ciberataques.

Principais tipos de ataques cibernéticos

Os principais tipos de ataques cibernéticos

Malwares

Malwares são peças clássicas dos ataques cibernéticos. Malware é um termo genérico utilizado para definir um software malicioso, um código capaz de infectar, desabilitar e prejudicar um dispositivo ou uma máquina.

Vírus

Vírus não é o mesmo que malware?

Na verdade, não. Apesar do termo vírus ter se transformado em uma definição ampla, para definir qualquer infecção maliciosa em computadores e dispositivos, o vírus é uma espécie de malware, que se anexa a outro programa.

Quando executado, ele se replica, danifica e infecta outros programas para continuar o ciclo.

Trojans

O trojan ou cavalo de Troia é um tipo de software malicioso, que funciona como uma espécie de delivery de malwares; onde este específico de malware enrustido “entrega” (ou abre portas para) outros tipos de ameaças a um sistema.

O trojan exige do usuário uma interação para ser executado e começar suas ações.

Ransomware

Também conhecido como sequestrador digital, o famoso ransomware é o malware que criptografa dados, tornando-os inacessíveis para os usuários.

O termo é uma combinação de ransom (resgate) com malware (software malicioso), que define um tipo de ataque cibernético, que sequestra os dados exigindo um pagamento, ou seja, um resgate para liberação.

Phishing

Phishing, o pescador mais famoso do mundo digital.

O phishing é, na verdade, um tipo de golpe digital, que utiliza e-mails e páginas falsas, combinadas com estratégias de engenharia social, para roubar dados e informações confidenciais, sejam senhas, dados financeiros, dados bancários, números de cartões de crédito ou simplesmente dados pessoais.

Engenharia Social

E já que citamos a engenharia social, é hora de você entender o conceito da mesma.

A engenharia social é, basicamente, a capacidade de conseguir o acesso a informações confidenciais e dados sigilosos, através de técnicas de persuasão, trabalhando por meio de manipulação psicológica.

Ameaças ATPs

Já imaginou um malware escondido no seu roteador por seis anos?

Isso realmente aconteceu. Sim! O Slingshot foi uma ameaça persistente avançada, descoberta em 2018, que ficou alojada por seis anos em roteadores coletando informações.

As ATPs - Ameaças Persistentes Avançadas - são operações de longo prazo, projetadas para infiltrar e/ou exfiltrar o máximo possível de dados sem serem descobertas.

Ataques DDoS

O famoso e temido ataque DDoS é a abreviação de Distributed Denial of Service, traduzido como negação distribuída de serviço, classificando um agente de ameaças que utiliza recursos de vários locais remotos para atacar as operações online de uma organização.

Um ataque DDoS impede ou prejudica o uso autorizado de recursos e serviços do sistema de informação, atrapalhando as operações de uma empresa.

Descubra todas as táticas dos ataques DDoS e como se proteger em nosso webinar gratuito:

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Brute force

Brute force é literalmente “força bruta”, termo utilizado para descrever um tipo de ataque onde se força a entrada em algum sistema, site, servidor ou aplicativo.

O ataque ocorre por meio de sucessivas tentativas de acertar uma combinação de senha (uma chave), e assim conseguir acesso às informações e dados que deseja.

Spyware

Os spywares, como o próprio nome sugere, são verdadeiros softwares maliciosos de espionagem. São malwares desenvolvidos para trabalhar de modo invisível. Eles podem se infiltrar no seu computador, ou dispositivo móvel, sem que você nem sequer perceba.

Eles são utilizados para coletar secretamente informações sobre você, sua navegação, seus hábitos na internet, bem como quaisquer outros dados sigilosos.

Keylogger

Ainda na família dos malwares espiões, existe o keylogger, um registrador de pressionamento de tecla ou monitorador de sistema.

É um tipo de tecnologia de vigilância, usado para monitorar e registrar cada pressionamento de tecla digitada no teclado de um computador ou dispositivo móvel.

Rootkits

O rootkit é um tipo de malware muito perigoso, projetado para fornecer acesso privilegiado contínuo a um computador, enquanto oculta ativamente sua presença. Originalmente, rootkit foi criado como uma coleção de ferramentas que permitiam acesso ao nível de administrador a um computador ou rede.

Os rootkits são geralmente associados a um malware – como cavalos de Tróia, worms, vírus – para que os usuários não percebam a presença dos mesmos em um sistema.

Malware sem arquivo

Por fim, um tipo de malware que se destaca. O malware sem arquivo é um tipo de software malicioso que não depende de arquivos carregados de vírus para infectar um host.

Ele atua explorando aplicativos que são comumente usados ​​para atividades legítimas e justificadas, executando o código malicioso na memória residente, explorando vulnerabilidades já existentes em suas vítimas.

Conclusões e Soluções

Soluções para ataques cibernéticos

Diante de tantas estratégias, fica nítido que os ciberataques podem ser muito prejudiciais para qualquer empresa, muito além do que é comumente divulgado. E como evitar e ataques cibernéticos e conter os prejuízos?

Existem duas formas básicas:

Conheça as estratégias e aplique os princípios básicos de proteção em sua empresa

Desde o estabelecimento do mapeamento dos riscos, até a criação de um plano resposta diante de incidentes e ciberataques, o caminho fundamental é compreender como e por onde começar.

Para ajudar você, estamos preparando um guia com os passos fundamentais para evitar ciberataques em seus negócios.

Por isso, fique de olho em nossos conteúdos e cadastre seu e-mail, pois em breve você receberá esse material em primeira mão.

Conte com um especialista da área para te ajudar

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Não sabemos quem levará a taça da Copa do Mundo, nem mesmo quem ficará na segunda colocação. Entretanto, sabemos que o cibercrime está vencendo a guerra e causando prejuízos globais para as empresas.

Seguimos na torcida para que sua empresa e seus clientes não sejam vítimas dessas ameaças.

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